"Encontros X Desencontros Por que nos ligamos a alguém formando um par? Por que buscamos constância no relacionamento com uma mesma pessoa? O que há em nós que nos impulsiona a nos envolvermos? Será isso um instinto que nos dirige sem que nos apercebamos desse fato?·De alguma maneira somos levados a concluir que nosso desenvolvimento é programado tomando por base as ligações afectivas, ou seja, nossa condição de amadurecimento se dá apenas através dos vínculos. Constatamos que nosso primeiro vínculo amoroso surge a partir do nascimento, ou seja, mãe e bebe se relacionam como um único ser. Ainda, em relação à simbiose, podemos destacar a paixão. Identificamos o apaixonado como alguém que está vivendo intensamente a sensação de um encontro perfeito, no qual não há frustração, tudo é lindo e existe a expectativa de ter os desejos adivinhados pelo parceiro tal como já ocorreu em sua primeira relação simbiótica.·Vive-se assim até que não seja mais possível manter o sonho ou a fantasia de que se estava em um paraíso. A percepção de que somos separados do outro nos traz angústia pois constatamos a um certo nível que somos sós e precisamos do outro.·Um dos recursos para aliviar essa angústia pode ser o estado de paixão por estarem ligados, com mútua dependência (simbolicamente), porém não se leva em conta a autonomia do outro. Com isso surge outro aspecto na relação afectiva e no vinculo, que é a dependência (falta de autonomia) expondo-o a incertezas e medos. Não espere o outro mudar:·Enquanto permanecemos na expectativa e na espera de mudança do outro, é provável que o outro mantenha a mesma expectativa em relação a nós. O que irá acontecer se esta relação de espera permanecer? Nenhum dos dois mudará. Muitas pessoas permanecem a maior parte de suas vidas lutando pela mudança do outro e esquecem de si mesma. "Cansei de lutar, para faze-lo compreender isto ou aquilo." Neste instante, esta desistindo dela mesma, e do outro. A excessiva preocupação para que o outro mude, pode reverter em dependência (simbiose).·Quando deixamos de nos preocupar com a mudança do outro, devolvemos a essa pessoa a capacidade de pensar e elaborar sua própria vida. Apreender a viver em mútua interdependência. Alguém precisa de você e você precisa de alguém, no entanto, isto não quer dizer que você não saiba tomar conta de sua vida e que não encontre soluções para seus problemas.·Quando estamos tentando fazer com que o outro mude e não conseguimos devemos pensar. O que acontece? Por que não estou conseguindo? De que realmente o outro precisa? Conheço suas limitações? Estou dando o tempo certo ao seu crescimento? O melhor é "não espere o outro mudar, mude você".·Reveja e análise seu relacionamento com alguém, você espera que o outro mude? Se continuar assim, por quanto tempo mais haverá relacionamento? Normalmente, se cansa em primeiro lugar aquele que insiste em que o outro mude pois esta deixando de atender suas necessidades de mudanças suas perspectivas de vida e deixando de viver.·Mude você mesmo. A mudança ocorre de dentro para fora e com seus próprios esforços. Quem eu quero não me quer. Quem me quer mandei embora. Muitas vezes as pessoas estão se perguntando por que estou amando esta pessoa errada? Estará a outra pessoa errada? Ou não estamos percebendo o nosso próprio erro?·Quando um relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher acaba e a separação não foi devidamente trabalhada é possível que o inconformismo com a perda não elaborada leve um ou o outro a forçar a reconciliação. A eminente recusa de qualquer das partes ou insistência de um dos dois, poderá levá-los à conclusão: "Quem eu quero não me quer". As perdas mal elaboradas de nossa infância emergem do nosso inconsciente invadem nossa consciência e as reavivemos. Parece que há uma regressão neste estágio dos acontecimentos. Em alguns casos, conteúdos de abandono e rejeição emergem e tendem a persistir por algum tempo.·O ato de ser amado é muito sublime, mas se um homem e uma mulher resolvem se separar é preciso uma preparação com compreensão e aceitação do fato que esta acontecendo. É possível separar-se bem. A compreensão consiste em saber que a decisão da vida do outro cabe somente a ele.·Encontrar defeito no outro é apenas uma forma cómoda e falsa de tentar esquece-lo. Procure as qualidades mesmo que seja para descobrir que você não as soube valorizar. Este é um momento de aprendizagem. Respeitar a decisão do outro em nos deixar é um ato de sabedoria e muita coragem. Se alguém persiste em querer quem não o quer, esta se machucando, se mutilando. Essa pessoa precisa se acariciar e amar a si mesma. A felicidade não é uma conquista, é um direito do ser humano. Na busca de felicidade nos deparamos com obstáculos, medos, fobias, mas nestes momentos, o sofrimento pode ser amenizado pela conexão com o que é real. Você é um ser de amor, portanto tem o direito de amar e ser amado. "
Encontrei este texto e não resisti!!!! Depois de o ler, aprece que pior fico e a única questão que me surge é : serei um dia também eu capaz de agir assim, com normalidade?!....
1 comentário:
Se algum dia alguém me disser que é normal... eu tenho um ataque de insanidade!!!
Enviar um comentário