sábado, 5 de janeiro de 2008

MEDO


Muitas vezes não vejo em mim a coragem de que preciso. Sinto-me presa a argumentos, receios e encabulações. Quantas vezes eu não arrisco por medo de errar?
Se ….
Se gritar resolvesse
Gritaria até à exaustão
Mas não … continua a doer!!!!
Se chorar resolvesse
Choraria até cansada …. Adormecer,
Mas não … aqui continuo sem nada ver
Se rir resolvesse
Daria uma grande gargalhada
Mas não … continuo baralhada!!!
Nesta roda viva dos “ses” …
Continuo aqui sentada …
Sem mais nada …
Momentos ….
Só um abraço….
Faz-me sentir que ainda faço falta
Só um abraço … por mais asneira que faça
Sinto-me como uma criança
À espera de colo
Sinto fugir a esperança …
Tenho medo de me machucar
Por isso, não me atrevo a arriscar
Tenho medo de me expor
Por isso, vivo sufocando o amor.
Tenho medo de me abrir
Por isso, estou a ponto de explodir.
Tenho medo de errar
Por isso, nem chego a lutar.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero ter sempre a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

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